55,5%_ patrimônios do vivido 33,3%_ fragmentos viventes 16,1%_ coleta sensorial nos guardados 10,4%_ doces saudades
peles pedagógicas
Pele-corpo.
Fantasia, máscara ou o recheio de mim virado do avesso?
Peles pedagógicas.
No mostruário escolho, seleciono, misturo, transformo,
transpiro compartilhando tecidos-metáfora.
Fazer-se professor, pensar-se professor.
Memórias e sonhos. Esperanças.
No toque, sentidos se ampliam
E remexem na intimidade da pele. Minha. Tua.
De quem foi/está professor ou aluno.
Provocações para seguir pensando
com as sensações entre os dedos.
Mirian Celeste Martins (outubro, 2010)
meus céus
Nuvens se movendo...
Leves pinceladas de aquarela
ou as pinceladas densas de El Greco...
Sol se pondo...
Brilhando até se esconder ou escondido?
Superando o que lhe cobre deixando sua cor espalhadas
ou apena deixando-se escurecer.
Para Damish, são dobradiças entre ceú e a terra.
E com Alfred Stieglitz foram eternizadas
e me fez conhecer e buscar outros artistas das nuvens.
Em Monte Alegre do Sul o céu sempre me encanta
E fotos vão além do registro, como uma ode a Deus,
à estesia que nos dá a ver a nossa pequenez frente ao universo
Inexplicável!
Mirian Celeste Martins (janeiro, 2021)
Para Hubert Damisch, a /nuvem/ funciona como uma espécie de dobradiça“[...] em relação ao céu e à terra, entre aqui e lá, entre um mundo que obedece às próprias leis e um espaço divino que não pode ser conhecido por nenhuma ciência”. Nuvem dobradiça. Como os bichos de Lygia Clark que convidam a novas dobras? A outros desenhos?
(apudALPHEN, 2006, p. 96)
Livro - Pensar juntos
colagens brincantes
Uma coleção duplicada: O Mundo dos Museus.
Num passe de mágica pequenos detalhes de obras,
brincando,
se instalaram em outras obras.
Miró, Seurat, El Greco,
Picasso e Rembrandt,
Goya e Rubens e até Cèzanne!
Emprestaram as suas pinturas
para compor com outras dos mesmos museus.
Com a tesoura foram expandidas
em recortes que penetraram na atmosfera
ou as recriaram.
Um esconde-esconde que acolheu boas noites
em cuidadosas perseguições...
Mirian Celeste Martins (janeiro, 2016-2017)